Jorge Luiz de Souza Lima, conhecido por Jorge Lafond era filho único de uma telefonista com um bombeiro e nasceu em São Paulo, mas foi morar no subúrbio de Vila da Penha. no Rio de Janeiro, ainda criança.
Aos 7 anos de idade, segundo ele contou à revista "Raça", percebeu que era homossexual. Aos 9 anos foi estudar balé no Teatro Municipal e aos 10 anos já trabalhava das 9h às 17h numa oficina mecânica. E, nos fins-de-semana, ia com a mãe trabalhar num parque de diversões.
Estudou balé clássico e dança afro, chegando a trabalhar com Mercedes Batista, e formou-se em teatro pela Uni-Rio.
Trabalhando em muitos cabarés do Rio de Janeiro, desde a Praça Mauá até Copacabana, abria os shows da meia-noite nas boates Flórida, Escandinávia e Barbarela e terminava a noite na boate Kiss, em Irajá, às 5h da manhã.
Começou sua carreira como bailarino no exterior com 20 anos, viajando por toda a Europa e Estados Unidos com Haroldo Costa, que tinha um grupo folclórico, no qual Lafond permaneceu por dez anos.
Foi assim que, em 1980, estreou como profissional no corpo de bailarinos do "Fantástico", passando em 1982 para o programa "Viva o Gordo", de Jô Soares e para "Os Trapalhões".
Em 1987, fez o papel do barman Bob Bacall na novela "Sassaricando", na Rede Globo, e a experiência deu certo como ator e ele foi convidado por Renato Aragão para participar da nova formação de "Os Trapalhões", já sem Zacarias, que havia falecido.
Na TV Manchete, na novela "Kananga do Japão", em 1989, ele viveu o famoso personagem do submundo carioca, o Madame Satã.
Começou a brilhar também no Carnaval carioca e na avenida onde desfilou pela Beija-Flor, Estácio de Sá, União da Ilha do Governador e Imperatriz Leopoldinense. Na Beija-Flor causou escândalo ao sair de Adão apenas com uma folha de parreira que caiu no meio do desfile e o deixou completamente nu em um carro alegórico.
Mas foi com o personagem Vera Verão do programa humorístico "A Praça é Nossa", do SBT, onde permaneceu por 10 anos, que ele conseguiu sucesso nacional.
Em 2001, foi convidado a participar da campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis pelo Ministério da Saúde mesmo causando desagrado à militantes do GGB e do Grupo de Gays Negros da Bahia, pois viam que a personagem Vera Verão estaria emprestando sua imagem de um estereótipo do gay que seria pejorativo.
O ator sempre se envolveu em polêmicas em relação a homossexualidade. Em uma delas, ameaçou dizer em um livro os nomes de personalidades, inclusive de um famoso jogador de futebol, com quem já teria mantido relações.
Em uma situação atípica, durante o programa Domingo Legal do SBT, Lafond fora retirado do palco a pedido do padre Marcelo Rossi, que se apresentaria dali a alguns minutos.
Hipertenso e com problemas cardíacos, Lafond morreu, aos 50 anos, no Hospital Sepaco, em São Paulo, e seu corpo foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Ele estava também com depressão e foi vítima de parada cardiorrespiratória.
Foto: http://geraldofreire.uol.com.br
Em 10 de agosto de 2005, representantes de grupos homossexuais, especialmente do Quibanda-Dudu, homenagearam o Ministro da Cultura, Gilberto Gil, como o mais destacado afro-brasileiro simpatizante da libertação homossexual dando a ele um relatório sobre grupos gays negros do Brasil contendo pequenas biografias de personalidades homossexuais negros brasileiros como Vera Verão e Madame Satã.
Laffond disse certa vez em uma entrevista que era um bailarino que faz humor. "Não sou ator. Atores são Paulo Autran, Paulo Gracindo, esses mitos. Sou simplesmente uma personalidade do meio artístico".
Fontes: Wikipédia, Portal do SBT, O Globo, Folha Uol, Portais de Notícias, Revista Sui Generis.
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